Durante a Idade Média, quando decapitações eram comuns, já que era um dos principais métodos de execução da época, não era incomum relatar cabeças, soltas de seus corpos, que continuam manifestando expressões e girando os olhos, por exemplo.
Sabe-se que o cérebro pode funcionar por um curto período de tempo – até que o oxigênio que armazena seja extinguido – mas nunca foi possível medir esse tempo de maneira correta. Afinal, como saber quem vai morrer?
Cientistas da Universidade de Southhampton, na Inglaterra, analisaram 2.060 pessoas de diferentes países, entre eles estadunidenses, austríacos e britânicos. Pacientes de mais de 15 hospitais diferentes, apenas 16% deles sobreviveram até o fim da pesquisa (330) – acontece que eram pacientes com alto risco de sofrer paradas cardíacas, a maior parte deles, como se pôde perceber, infelizmente teve seu risco concretizado.
Mas, dentre os que sofreram o ataque e sobreviveram, em torno de 40% deles (140) afirmou haver consciência em seus momentos de quase morte, um deles, inclusive, afirmando que assistiu a tudo que acontecia na sala de operações, de fora do próprio corpo. Apesar de ter oficialmente ficado morto por 3 minutos, o paciente relatou com minúcia o que os médicos fizeram e até mesmo os barulhos e funcionamento das máquinas na sala.
Esse tipo de relato, que não é novidade para a ciência, mas pela primeira vez é estudado com tanta amplitude, concorda com o que pessoas que tiveram experiência de quase morte relatam desde os primórdios, levantando a questão: o que acontece com a consciência após a morte? Afinal, se o cérebro para de receber oxigênio do corpo, como poderia se manter funcionando?
Inclusive, de acordo com a Medicina, o cérebro deixa de funcionar depois de 20 a 30 segundos que o coração para – ou seja, o fato de que não morremos na hora não é questionável. Mas, diante do caso, agora pode-se afirmar que esse período pode durar até três minutos.
E, mais que isso, também concordam nos sintomas: um a cada cinco afirmou ter sentido um intenso momento de tranquilidade e paz, enquanto para 1/3 o tempo foi alterado, seja acelerando ou desacelerando-se. O famoso flash de luz ou “luz no fim do túnel” também foi bastante citado. Para outros, uma sensação de afogamento e muito medo. 13% afirmaram se sentir separados de seus corpos.
Aqui uma reportagem sobre o tema, que conta com esses sempre presentes elementos do “outro mundo”:
https://www.youtube.com/watch?v=cqOSyH6jnqg
Portanto, ainda não se sabe o que acontece após a morte, nem se a consciência some misteriosamente ou não. Mas já sabemos que a morte, apesar de física, não é imediata para quem está deixando o plano material. Pena não podermos acompanhar o pessoal que não conseguiu voltar – com certeza eles teriam muito pra nos ensinar sobre o lado de lá.