É, mulheres estão sempre em grupos, e falam muito, e são más, e etc, etc, certo? Desculpe te contar, mas, de acordo com uma pesquisa conduzida por Jeffrey Hall, professor de Estudos de Comunicação no Kansas. De acordo com ele, em relacionamentos baseados em redes sociais, é comum que homens mintam sua idade e poder econômico, com o intuito de enganar mulheres que não lhes dariam bola se descobrissem que seus Romeus são na verdade velhos e pobres.
Entretanto, como em propagandas de cerveja e revistas masculinas, sabe-se bem que os homens são incentivados à infidelidade – que é vista como coisa de gente maneira e poderosa – e a mentir para suas parceiras. Também entram aí expressões de comunicação ligadas aos sentimentos, como “homem não chora”, e você se engana muito se são só as mulheres que são capazes de usar o mortal “nada” para não dizer o que estão sentindo.
Além disso, de acordo o pesquisador, os homens tendem a subestimar a inteligência feminina e sua capacidade para notar quando a mentira está sendo tecida, o que é um reflexo da educação cultural machista e paternalista à qual o Ocidente está disposto praticamente desde seu início.
E os temas preferidos? Bom, mudam entre homens e mulheres. Enquanto homens adoram mentir sobre sexo, traição, desejo sexual e desempenho na cama, mulheres tendem a mentir mais sobre aparência e falar de outras pessoas.
De acordo com os autores da pesquisa, a mentira “branca” ou “branda” é a mais aplicada, que em geral é usada para evitar conflitos ou ganhar coisas. Ou seja, quando você diz a sua tia está linda naquele vestido bizarro, é para não a magoar. Já quando elogia o terno rosa-choque novo do seu chefe, é para tentar ganhar uma promoção. Além dessas duas, existe a mentira realmente má, que visa lesar ou caluniar outras pessoas, e realmente é algo antiético.
Entretanto, quando pensamos num mundo sem a mentira branca, será que daria certo? Imagine você chegando de manhã na sua classe e dizendo “Olá, professora, que cabelo sujo. E aí amigos! João, você está com bafo, e Cláudia, você tem remelas nojentas”. Não seria muito gentil, né?