Mentir todo mundo sabe, principalmente pra ganhar discussões, mas você sabe quais os tipos mais comuns de falácias que existem? Antes de mais nada, se você não sabe o que é falácia, é o uso da retórica (ou pensamento lógico, linear) para provar coisas que não têm nenhuma relação entre si, mas, para quem não presta atenção, pode fazer sentido.
Aqui um exemplo bom:

Agora que você já sabe o que é uma falácia, vamos aos tipos mais comuns dela:
1) Argumentum ad ignorantiam

O “argumento da ignorância” é o usado para tirar conclusões erradas através de experiências (ou da ausência delas). Por exemplo: se ninguém é capaz de provar que a alma existe, então ela não existe.
Ou o contrário: se ninguém e capaz de afirmar que a alma não existe, então ela existe. Como você pode imaginar, esse tipo de falácia é bastante comum em discussões acerca de religião ou filosofia, onde a maior parte das ideias são puramente hipotéticas e é impossível provar qualquer uma delas.
2) Argumentum ad populum

O famoso senso comum, no sentido ruim da palavra, e ai de você se discordar. Por exemplo: “se todo mundo tira selfies, não é uma coisa idiota”. Ou “se a maior parte das pessoas acredita em Deus/no destino/na astrologia/no nosso presidente, eles são confiáveis”. É, infelizmente, a política e a publicidade usam bastante disso pra te enganar sem que você note, por exemplo naquelas clássicas propagandas de cantores sertanejos aclamados como “a revelação do momento”, com fãs-atores fingindo amá-lo, e o público cai nessa toda vez. TODA VEZ.
3) Cum hoc ergo propter hoc

O termo, que significa “com isto, logo aquilo”, usa de informações aparentemente relativas para tirar conclusões, mas na verdade com coisas que não têm nada a ver. Por exemplo: com o passar dos séculos, o nível do oceano tem subido. Já os piratas, por sua vez, têm desaparecido. Portanto, o desaparecimento de piratas é a causa do aquecimento global.
4) Teoria irrefutável

Quando não é possivel negar algo, e então é preciso aceitar qualquer explicação. Por exemplo, uma pessoa que ganhou na loteria: ela pode não ter feito nada, pode ter rezado, pode ter feito uma macumba, pode ter tido um sonho com os números, pode ter ido à uma mãe de santo…Enfim, as possibilidades são infinitas e, para qualquer coisa que a pessoa disser, seremos obrigados a acreditar, pois é impossível repetir o ato ou realizar testes de validação.
A base da ciência é a negação da falácia, já que para comprovar qualquer coisa, não importa quão óbvia seja, é necessário repetir um experimento exaustivamente e obter a mesma resposta em todos os casos.
5) O deus das lacunas

Talvez a mais ancestral das falácias, é aquela que atribui o que não é cabível de explicação ao divino. Trovões? Deus. Fogo? Deus. Enchentes? Deus. Fica bem fácil assim, né?