Talvez você não saiba, mas nos EUA, já que as prisões são privadas e recebem incentivos do governo, acabam se tornando uma das fontes de lucro mais rentáveis do país. No Brasil, por outro lado, não são as prisões quem ganham, mas o povo que perde: pra se sustentar um presidiário, gasta-se o dobro do capital necessário para formar um universitário.
Além de revoltante, o fato explicita uma política ineficiente no que tange ao governo, já que nossas prisões, além de marcarem os “ex-presidiários” para o resto da vida e dificultar sua aceitação em trabalhos, ainda custa mais caro para o bolso dos contribuintes (isso quer dizer: você).
Em números, isso dá mais ou menos R$ 41.666,66 para cada detento, e R$ 20.690 para cada universitário, ambos anualmente. De acordo com o Ministério da Justiça, são gastos R$ 25 milhões por ano com presidiários, que vai do transporte e alimentação até os contratos e manutenção das cadeias.
Já para os jovens, o governo gasta R$ 8 mil mensais com jovens infratores entre 12 e 21 anos, na Fundação da Casa, enquanto são gastos R$ 4,9 mil por ano para cada aluno do Ensino Médio.
“O Brasil tem que construir uma política socioeconômica para que a diferença econômica e social não interfira na qualidade do estudante e do ensino. É necessário mais investimentos em educação como um todo, e principalmente dar condições aos mais pobres”, afirmou Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que visa ampliar o capital investido em educação nos próximos anos.
Como podemos ver, fica claro que a desigualdade socioeconômica tem suas raízes fincadas na diferença de oportunidades que marcam a infância de crianças pobres e ricas, desde cedo “presas” em suas classes sociais, que, apesar de sutilmente, mantem o Brasil como um país de castas. Por isso, a juventude continua tão raivosa e inculta, recorrendo às drogas e à violência como forma de expressão, como mostra a foto abaixo.
